sábado, 2 de julho de 2011

Amores abortados


Tenho até medo de pronunciar a palavra sina, mas será que é meu destino?
Já no meu primeiro amor tive que me afastar antes de aprender o que era desgaste, o que era “não deu certo”. O amor de adolescência com a descoberta do sexo foi pesado demais para os meus pais e pesado pra mim é carregar um talvez dentro do coração até hoje. Talvez tivesse dado certo. Talvez esse sentimento que sinto por ele até hoje tivesse acabado se eu tivesse tempo de ter vivido.
Muitas pessoas devem pensar o contrário: Ah! Que bom! Você não conhece o que é um namorado virar seu amigo. Não conhece o que é o sexo esfriar. Não conhece o que é simplesmente desgostar.
Mas eu realmente gostaria de ter vivido até o fim, usado mais as várias possibilidades dos meus relacionamentos. Tentei diversas vezes mais.
Novamente mal vi o feto se desenvolver. Pra mim o coração e cérebro estavam já bem formados, mas o amor foi abortado.
Um amor que julguei ser maduro e durar pra vida toda me surpreendeu com um mix de acontecimentos que se traduzem com falta de maturidade.
É estranho demais sofrer decepções não gradativas. O relacionamento se foi como que num golpe certeiro de foice. Acordei e...onde está o meu amor? Como eu era antes de me acostumar com essa rotina?
Estou me redescobrindo. Ainda gosto dele, mas a decepção abortou o amor e ceifou minha vontade de tentar de novo.
Se ele me pergunta o que fazer para esquecer, digo que agora também tenho alguns choques de realidade para lhe oferecer.
Bola pra frente. Barriga pra dentro. Peito pra fora.